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com lgrimas e com uma pausa longa acompanhada de uma respirao profunda,Dizemos ao mundo quando nos deixamos no escuro do quarto ou ao danar em uma roda de samba junto a uma multido de estranhos,Dizemos ao decidir,ao recusar.didáticos livros e nos seus contrrios,Essa fala que busca o dizer,esse falar dizendo,mais do que uma opinio,querer pronunciar algo mais do que apenas enunciar,sustenta-se a promessa.
prometer nos amplia ao tempo,ao poder do ato em ao,afirmao de um autocontrole que interpe histria e cultura,A promessa.mesmo as mais singelas,carrega a imposio da cultura e da moral de quem a oferece,na promessa dita,o conflito de ser um desejo e uma ordem cuja violncia escondida flexiona os limites do sujeito e da sujeio,Fica mais fcil perceber a complexidade da promessa que habita tudo aquilo que dizemos se olharmos s feitas a ns mesmos,Nunca so simples.
Raramente sero plenamente realizadas,assustam ainda mais pela nossa impressionante capacidade de suportar os desafios,As promessas pessoais nunca so ditas a servio de um alvio,Essa manipulao surgiu como desdobramento da poltica.Os candidatos prometem,sem nenhuma pretenso de realizar; os eleitos seguem em promessas,deus é espírito a olhar em direo a um tempo que nunca ocorre,Dizem o que for necessrio para serem eles os sujeitos e ns os sujeitados,Dizem sem parar,Falam sem dizer.
Enquanto a promessa,o gesto de autocontrole,esvaiu-se no abismo da banalidade,Com o acumular dos desapontamentos.tomamos as promessas como uma fala genrica,sem propsito real,sem nada dito,verdadeiramente,sem ideias,Promete-se tudo como se fosse nada.
dia do goleiro Pensa-se em nada como se dissesse tudo,O que se perdeu no esvaziamento da promessa sua qualidade de agir contra a imprevisibilidade do mundo,de estabilizar as coisas sem maiores coeres,Prometer determinava acordos ntimos e pblicos.prometer desviar-se da responsabilidade de participar,Sem a promessa,sem o dizer da fala ampliada ao mundo,no continuamos vinculados s esferas sociais e pessoais,Passamos a atuar sobre os demais,na imposio violenta que no debate ou elabora tentativas de encontrar caminhos comuns.
A promessa,ao ser deformada pela poltica,assumiu-se diferente: quer dizer para esconder,e esconder para ameaar.Promete-se algo,quando dizer significa dominar e aterrorizar,Quem nunca ouviu (ou disse): Guarde bem essas palavras,eu prometo que se,A promessa deixou de ser uma utopia para ser uma novela ruim de televiso,A importncia de dizer.
e com isso prometer,a inevitabilidade de sua falha,Essa graa,Prometer o bvio.Nem o simples,o muito perto,Ao ser impossvel,que seja meramente improvvel,no cabe nas garantias,no se presta aos dizeres polticos.
pois estes,como contratos a serem cumpridos,precisam ser arregimentados,desenhados por limites jurdicos.A promessa requer ser um impossvel tico,conscientes de suas necessidades,ainda assim,sabemos que talvez nunca a realizemos plenamente,O fundamental no a concretizao,mas o movimento em direo prpria tentativa.
abrir-se em estado de exposio radical,Importa que a promessa no seja um clculo daquilo que se sabe poder cumprir,e nessa ausncia de garantia,seguir aquilo que se diz um ato de afeto.Como prometer amar,mesmo com a dvida de que isso ser possvel em um futuro incerto,Como prometer ser mais responsvel (de tantas maneiras) sobre quem se,mesmo sem saber como conseguir chegar a isso,Como a promessa da democracia,irrealizvel em sua completude.
Mesmo assim,devemos retomar para ns as promessas,Divertirmo-nos com pequenos desafios,Sonharmos com provocaes mais largas.Ampliarmos a promessa em nome de uma poca,de um amanh,de uma diferena,Para tanto,perder o medo do futuro essencial,confundir os planejamentos.
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