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as verbas no eram consequentes e suficientes,E foi nos anos 80 que nasceu uma espcie de poltica,que daria azo a um rol de justificaes sobre quem deveria ou no receber tais apoios,A tal comunidade inventou uma espcie de cartilha sobre como fazer cinema.deunopostehoje rio cheia de regras e princpios,E essa maquiavlica criao promoveu o gradual afastamento de realizadores como Lauro Antnio,Antnio de Macedo,Eduardo Geada e tantos outros dos concursos,por no se conformarem com essa cartilha,que censurava e censura gneros.
pblicos e cineastas,Existe uma histria do cinema por escrever,no sobre aqueles que filmaram,mas sobre aqueles que no filmaram.por no se terem vergado ao sistema,Fica a dica para qualquer acadmico interessado,Nos anos 90,Paulo Branco torna-se o grande produtor portugus e Manoel de Oliveira,A ideia pblica daquilo que devia ser o cinema portugus fixada nessa altura,Com as obras de Oliveira vendidas aos espectadores como sendo obrigatrias.
decisivas e de reputao internacional,instaurando-se a regra: quem no visse ou no gostasse no percebia nada de cinema,Era o lema da poca,Ao grande pblico.restavam os filmes de Joaquim Leito e pouco mais,A minha chegada capital tambm foi marcada pelo caso Joo Csar Monteiro,deunoposte ojogodobicho ontem O escndalo ganhou propores picas,por ter o realizador mandado o pas se foder,na televiso,Lembro-me como alguma intelligentsia lisboeta regozijou com o acontecimento.
A minha percepo foi diferente,que vinha da provncia,que crescera fora da bolha que oscila entre o Prncipe Real e as Avenidas Novas,via um homem franzino.de cigarro na mo,confrontado com perguntas e que deveria dar uma explicao ao pas,Via um homem irritado com a audcia portuguesa,como se todos tivessem de remeter-se ao silncio,dado que ele era um gnio e os gnios no se questionam,Foi esse foda-se que ficou na memria e ainda hoje se faz ouvir.
dicas como ganhar dinheiro em casa Mais do que o filme,virou mito e metfora,O cinema desprezava o pblico das telenovelas e este virava as costas aos cineastas,Tal dialctica e forma de pensar deu azo a uma ainda maior diviso.excluindo dos concursos toda a obra que no respeitava os cnones instalados,Criou-se uma poltica de gosto cada vez mais assente na relevncia internacional e cultural dos projectos e quem no seguisse tais predicados ficava de fora,Quando dei os primeiros passos enquanto realizador,esta era a realidade vigente e,depois de oito anos a concorrer,fui vencedor do apoio s primeiras longas-metragens.
partimos em digresso com o meu filme Florbela,seguindo o exemplo de Joo Botelho,que o tinha feito no ano anterior,tendo-me criado tanto entusiasmo que quis viver essa mesma experincia.J nessa altura,o nmero de espectadores no era alto,mesmo assim,um filme do ICA podia fazer 30 mil espectadores,Eu queria mais e consegui que o meu filme chegasse aos 45 mil,Nessas sesses.
ficava sempre para uma conversa com o pblico,muitas vezes,era eu quem tinha de fomentar o debate,tentando perceber a razo do desinteresse em descobrir cineastas e filmes.o porqu do abandono gradual das salas,do preconceito,O pblico de cinema existe! Em mdia,cerca de 100 mil pessoas vo ao cinema,por semana,estrearam-se.
mais de 60 produes nacionais (fices e documentrios),Mais de 80% tiveram menos de dois mil espectadores,incluo-me nessa estatstica com o meu ltimo filme,Portugueses.Mas recuso-me a baixar os braos e,a partir de Setembro,irei percorrer o pas ao encontro do pblico,um cineasta portugus ganhou o Prmio de Melhor Realizao,O filme no chegou aos 12 mil espectadores,Somos um dos pases da Europa onde menos se v cinema nacional.
Onde esto as pessoas? Onde esto os quase 400 mil que,foram ver o filme de Walter Salles?,O pblico do cinema de autor abandonou as salas,Sobra o restante pblico e esse tem pouca oferta nacional.Alguns produtores sem ICA arriscam,na sua maioria,do primazia s comdias,como se estas fossem uma garantia,uma derradeira hiptese face a um pblico desconfiado e arredio,Enquanto isso.
o cinema de autor portugus entregou-se por completo aos ditames e modas dos festivais de Cannes,Veneza ou Berlim,como se ns no tivssemos capacidade de criar a nossa identidade cinematogrfica,a nossa imagtica.a nossa realidade,onde devem caber todos os gneros e pblicos,Esta mentalidade transformou a arte do cinema numa verdadeira competio,como se apenas o estrangeiro pudesse falar por ns e classificar-nos,De tal forma que at o Estado fomenta essa cultura de auto-desprezo ao colocar como condio para obteno de pontuao em concursos a presena e prmios em certames internacionais,se essa premissa est instalada nas mais altas instncias.
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