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dissecava-as em ptalas,rasgava os caules,abria folhas ao meio,observava os tecidos.federalsport Queria entender de onde vinha o cheiro,a beleza indescritvel que possuam,e que me fazia querer penetrar nelas,atravess-las,conhec-las com todos os sentidos,Uma vez o impulso de devorar uma planta brilhante e carnuda foi to forte que a trinquei.
a querer experimentar com os dentes o amor que ela me provocava,O resultado foi: lngua inchada,ardor na boca,vmitos e uma corrida relmpago ao hospital.consequncia de um ligeiro envenenamento,travado a tempo pela velocidade a que o meu pai conduziu o carro e o mdico me administrou o medicamento,enquanto eu sorria de lngua roxa e encortiada: podia at estar nauseada,mas tinha provado o mistrio da flor,Agora pelo menos,conhecia-lhe o sabor.
Recordo-me que,o meu primo gostava de experimentar a magnfica desmontagem e desarrumao das ferramentas do meu av,com a mesma excitao e entusiasmo,para descobrir uma mirade de parafusos.tampas e pedaos metlicos sem fim,como se fosse o garimpeiro do segredo das coisas,famosos que tem privacy J a minha irm,arrancava as cabeas s bonecas,para espreitar o que se passava l dentro (cresceu e tornou-se psicloga,Continua a espreitar para dentro das cabeas).
A curiosidade sempre uma forma de amar o desconhecido,minha frente o mido da praia,est agora encostado ao chapu-de-sol,enquanto a me resoluta.insiste em montar o brinquedo de volta,Reparo que ele tem na mo um pequeno objeto,que segura s escondidas,Talvez seja o buslis,a pea-chave que queria encontrar: o corao do brinquedo,que guardou enquanto a me diligente tenta desenterrar da areia as peas em falta.
festa jogo qual arqueloga minuciosa,para repor a ordem geomtrica,O mido olha para mim enquanto aperta a pea em falta dentro da mo,Eu meto os dedos nos lbios Shhh.Pisco-lhe o olho,No vou contar,J em crescida,continuei a tentar abrir,a compreender e a dissecar a estranheza do desconhecido,aquilo que se esconde naqueles cujas cores e formas amo com sofreguido.
e procuro entender a partir de dentro,Para perceber o que compe o sorriso que soltam; para ver os parafusos que fazem girar os olhos quando num instante se escondem; a mecnica do trejeito do ombro que cai triste e quero segurar ou afagar; para espreitar o interior do peito,para escavar,para entrar.para ver melhor,Continuo a nutrir este interesse cirrgico pelas coisas que me provocam amor,a querer explorar e desvendar o labirinto interior,por vezes numa expedio desenfreada onde uma lanterna curiosa no chega para encontrar tudo o que esconde a escurido de paisagens que permaneceram fechadas e hmidas durante muito tempo,sem visitas nem intrusos,Pode ser uma expedio infindvel essa de mergulhar no outro.
porque as formas do labirinto no se esgotam e quanto mais as abrimos mais elas se estendem num abismo de sombras,e esconderijos,H geografias e stios a que no conseguimos,nem podemos chegar.S imaginar,E h alturas,em que nas expedies de ir ao fundo das coisas e das pessoas,tambm se desmancham partes do arquelogo,desmancha-se o corao relgio impreciso,como quandouma criana parte o brinquedo por o ter manejado bruscamente.
euforicamente,com demasiada fora,sujeitando o material a impactos desmedidos,E l o tentamos consertar.com o pescoo torto,com as mos e os pulsos virados para dentro,a tentar que os olhos alcancem o prprio peito,como um alfaiate a costurar-se a si prprio,na posio de bicho-de-conta,que se fecha para tentar ver o que se passa dentro.
a fazer contas impossveis,Nestas alturas valem-nos as mos e os olhos dos amigos,que na reparao dos coraes,mesmo que no dotados de cursos de medicina nem de cardiologia.se tornam mestres do restaurar e desencravar,apontam peas em falta,esquecidas,recuperam roscas e anilhas que fazem toda a diferena,Metem o brinquedo de volta no stio,como a mo que chega de fora para mostrar o bvio: que por vezes ficaro a faltar peas.
perdidas debaixo de um canto qualquer,que levaro algum tempo a encontrar,ou nunca sero repostas,Mas com certeza aprendemos mais sobre a mquina.Como quem procura ao mistrio da felicidade dentro do brinquedo,Diz o apaixonado e apaixonante Rubem Alves,que todos: Continuamos crianas,E todos ns temos o nosso saco de brinquedos,A fala somos ns,Abrindo o saco.
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