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Rocim passou a ser o chapéu que agrega todas as regiões,marcas e vinhos que Catarina Vieira e Pedro Ribeiro fazem,Numa entrevista sobre essa mudança,mas também sobre vários outros aspectos do negócio do vinho.muoticanais feita à mesa do restaurante Casa da Nora,nas Cortes,onde Catarina passou a sua infância — na verdade,entre as Cortes,terra do pai (do seu e do de Mário Soares,talvez reconheça daí o nome da localidade).
e as Fontes,terra da mãe —,a agrónoma contou ao PÚBLICO como ela e o marido há muito que estão a preparar-se para o clima do futuro reserva à vinha,com ensaios vários.sobretudo no Alentejo,com uma utilização eficiente de recursos hídricos e com a opção,cada vez mais,por materiais sustentáveis em todas as fases da cadeia de produção,Estão a celebrar 18 anos,Na viticultura.
quais são as vossas preocupações,apostas?Catarina Vieira: Apostas em ensaios,cada vez mais,para o caso de um dia [aquilo que ensaiamos] se tornar uma realidade.Nós fazemos muitos ensaios,Para além de termos uma viticultura em modo de produção biológica,mega boss cassino gostamos de imaginar como é que será a viticultura daqui a 20 anos,Estamos a fazer uma série de ensaios com carácter científico,posso dizer,Ensaiamos a mesma casta.
do mesmo clone,com e sem rega,Testamos o peso da lenha de poda,o peso dos bagos.as antocianas,os polifenóis,o peso dos cachos,as análises nutricionais,Fazemos isto no Alentejo e em escala,de forma a conseguirmos fazer um depósito de vinho.
m.jogo br777 Vinificamos e separamos,Queremos perceber o comportamento da vinha e do vinho,E a capacidade de envelhecimento,mas queremos sobretudo perceber o comportamento da vinha.Por exemplo,se houver um ano em que temos 40 graus em três meses,esse ensaio acaba,Qual é a escala? Que área abrange e que castas?CV: É um hectare,mais ou menos,por ensaio.
Neste momento,é na Alicante Bouschet,em duas áreas completamente distintas,Numa zona de terrenos mais arenosos e numa zona de terrenos mais xistosos.São ensaios muito trabalhados,Todas as semanas medidos o potencial hídrico foliar de base,com uma câmara de pressão,Só regamos mediante esses resultados,A câmara de pressão,basicamente.
o que mede é a quantidade de água à volta das raízes,Tem que ser medições feitas a partir da meia-noite,quando a planta está em equilíbrio,Mas fazemos isso em todas.não é só nos ensaios,Demoramos umas duas horas a fazer a área toda,A planta nunca pode chegar a uma situação de stress hídrico extremo,nesse ensaio,o que é a versão sem rega?CV: Não temos torneiras mesmo,não regamos.
A não ser que seja uma situação extrema,em que dar água pode salvar a videira e a produção,Começámos a fazer isto em Abril do ano passado,Temos 30 videiras identificadas por ensaio.As que não foram regadas portaram-se bem no último Verão?CV: Portaram-se bem,Há um ensaio que não bate certo com outro,mas por isso é que os ensaios são a três anos,Também fizemos um ensaio de crop forcing num hectare,O que é o crop forcing? É podar as videiras em Junho,Nós escrevemos sobre isso.
Mas esse não era aqui em Vale da Mata?CV: Era lá e cá,Aqui já não estamos a fazer,Lá é que era um ensaio em larga escala,Vamos fazer ainda.Este ano os estados de maturação estão atrasados um mês,Vamos fazer e vindimamos depois em Outubro,O que é que se pretende? Vinhos mais frescos,um pH naturalmente mais baixo,uma acidez mais pronunciada,um teor alcoólico mais baixo.
O problema é acertar no momento da poda,porque às vezes nós temos de vindimar porque vem aí chuvas,É logística muito grande porque,quando nós estamos em vindima.nós estamos a tratar um hectare como se estivéssemos em Junho,Temos duas realidades que,com a falta de recursos humanos,criam questões logísticas,estamos a vindimar e temos que ir tratar aquele hectare agora para o míldio ou o oídio quando já não temos nada disso no resto das áreas,Mas isto é tudo para ver se nós um dia não vamos ter que passar isto para áreas maiores.
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